segunda-feira, 15 de junho de 2009

Bati o carro e minha seguradora é Marítima Seguros

Quanto ao atendimento da Marítma Seguros, segue meu relato:

Bater o carro não é a melhor situação do mundo. E é para torná-la menos desagradável que pagamos uma seguradora. Pensando assim a minha expectativa quando liguei para a Marítima na última sexta-feira era de contar com orientações precisas e tranquilizantes sobre quais os passos a tomar diante do meu sinistro.

Minha expectativa começou a ser frustrada quando ao completar a ligação para o número 3335.2990 caí no primeiro menu de opções onde tive que me identificar como segurado, e no segundo menu quando tive que me identificar como segurado de automóvel, e no terceiro menu quando tive que escolher se deveria falar com 'Aviso de Sinistro' ou 'Assistência 24hs'.

Após umas 3 ou 4 tentativas em opções erradas por conta do nervosismo do momento, consegui finalmente falar com uma atendente.

Qual não foi a minha surpresa quando percebi que o atendimento não tem um roteiro básico para atender a uma pessoa que acabou de participar de um acidente de trânsito. A sensação que tive foi que a atendente nunca havia passado por aquela situação, nem mesmo como atendente. A minha sensação foi de abandono quando preciso e total desconfiança no serviço da Marítima que pago todo mês.

Daí para frente o atendimento só piorou. Os funcionários ficavam me jogando de uma lado para outro entre 'Aviso de Sinistro' e 'Assistencia 24hs', e nenhum foi capaz de dizer claramente como eu deveria proceder, para onde eu deveria levar meu carro, que informações eu deveria dar à outra pessoa envolvida no acidente. Eles apenas faziam perguntas, e mais perguntas do tipo: 'a sra. já abriu aviso de sinistro?'; 'a senhora acha que precisa de guincho? 'Se a Sra. acha que precisa de guincho não é neste departamento, vou transferir a ligação''. Sinceramente eu me desesperei. Não sou eu que sou especialista em sinistro, é a Maritma e por isto a contratei, para me ajudar nesta hora.

O toque final nesta história triste foi descobrir que apesar da minha apólice cobrir terceiros, isto não dá direito a guincho para terceiros. Minha pergunta é: quem vai se preocupar em encontrar 'guincho para terceiros' no contrato do seguro quando já se está contratando cobertura para terceiros? Se isto for uma praxe deve ser mudada. Porque a não ser que já se tenha passado por esta situação, ninguém que não seja técnico irá se preocupar com isto.
E por conta de não saber sobre o 'guincho para terceiros' eu tive que pagar R$ 150,00 para transportar o carro da outra pessoa em que bati. Acho justo que a Maritima Seguros me reembolse por isto.

Os funcionários foram solícitos. Só que eles não sabiam como me orientar nem o que fazer, pareciam completamente perdidos, como se acidente de carro não fosse o coração do negócio da Marítima Seguros, e até mesmo a sua razão de existir.

Esta confusão no atendimento da Maritima Seguros, no qual todas as decisões deveriam partir de mim numa situação de acidente me deu uma saudade enorme da Porto Seguro de quem fui cliente. Eles sim sabem como lidar com uma pessoa que acabou de bater o carro, acalmando e orientado sob todos os aspectos, desde os próximos passos de formalização do sinistro, até se preocupando com necessidades físicas (como comer, transporte, hospedagem, etc). Se fosse possível, eu mudaria hoje de seguradora.

Agora ainda tenho pelo menos 3 semanas de contato com os seviços da Marítma que nem conseguiu me dizer qual a rede autorizada mais próxima da minha casa. Eu mesma tive que descobrir no site (que tem algumas informações desatualizadas).

Ainda espero ser surpreendida positivamente pela Maritima Seguros no conserto do meu carro, no carro do terceiro e no reembolso do guincho.

Sem mais,

Bartira Pontes

Um comentário:

Douglas Téo disse...

Já tive inconvenientes de todo o tipo quando se fala em momentos de tensão pós-contrato assinado. Muitos deles me levaram a acreditar que o Código de Defesa do Consumidor e outros assuntos que ajudam a solidificar nossa cidadania deveriam ser dados na escola, como ensino básico. Me parece muito mais útil eu saber que não devo pagar multa na perda da minha comanda num bar, por exemplo, e que isso configura extorsão e pode ser interpretado até como cárcere privado, denpendendo de como você foi tratado no momento, do que a utilíssima teoria dos colóides da aula de biologia. Nada contra biologia, mas estou tentando exemplificar o fato de que precisamos de outras bases na formação de qualquer cidadão minimamente esclarecido e preparado pra lidar com a vida de maneira justa.
Bartira, conte com meu apoio no boicote da Marítima Seguros e não deixe essa situação passar em branco. Enquanto nos ferramos pra tentar sobreviver nesse sistema capitalista movido à cláusulas, impostos e taxas obscuras, tem gente rindo às nossas custas.
Tô contigo!

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